Na penumbra de novembro, Berlim revela-se não apenas como uma cidade, mas como um memorial vivo da resiliência humana. Cada imagem capturada transcende o registo documental, tornando-se um diálogo íntimo com o passado, uma continuação da nossa peregrinação iniciada em Auschwitz.

Entre muros caídos e cicatrizes urbanas que persistem, cada composição busca não a Berlim contemporânea, mas os ecos daqueles que viram sua liberdade desaparecer. As sombras projetadas pelos edifícios históricos sussurram histórias de uma época onde o simples ato de escolher foi um privilégio negado.

À medida que a luz de inverno desliza sobre memoriais e ruas históricas, cada imagem torna-se uma meditação sobre o contraste entre passado e presente. Um testemunho visual de como uma cidade dividida por ideologias se transformou num símbolo de esperança e renovação.

Este diário visual não é apenas um conjunto de fotografias de Berlim - é uma reflexão profunda sobre o valor da liberdade, um tributo àqueles que não a conheceram, e um lembrete da nossa responsabilidade em preservá-la.